«- sim, coração, tens razão
- (…)
- exacto, já disse que tens toda a razão
- (…)
- sim, hoje vou deixar que faças tudo aquilo que quiseres fazer
- (…)
- vou pegar na minha escova de dentes…
- (…)
- a meio do caminho faço isso…
- (…)
- não me vou esquecer, claro que não
- (…)
- sei… a meio do caminho…
- (…)
- nunca olhar para trás…
- e parar somente diante dele
- (…)
- vamos, vem comigo!
…
quando chegou a casa, já de noite, nem se apercebeu que horas seriam, encontrou-a ali deitada no chão, agarrada à sua mala e tapada apenas com o casaco que trazia, dormia tranquilamente como se sonhasse com anjos num jardim de maravilhas.
tocou-lhe na face e sentiu que estava gelada, como se tivesse assustada e com medo e o sangue lhe tivesse congelado nas veias
abriu a porta, tomou-a nos seus braços como uma pluma de desejo e inocência e levou-a até ao quarto, ali a deitou na sua cama.
num gesto de leveza, ela se moveu, algo trazia na mão, como um tesouro só dela mas que ansiava entusiasticamente partilhar, mostrando todo o seu mundo sem dúvidas nem defesas
…
uma flor
…
num momento de verdades, tudo percebeu, todas as peças se encaixavam agora depois de todos aqueles meses de turbilhão, de discussões, de paranóias e encanto
a flor
…
“uma flor para uma flor”
era o que o seu rosto dizia mesmo dormindo
não houve mais segredos
não foram precisas palavras
…
pegou na pequenina e frágil flor
e a seu lado se deitou
deu-lhe um beijo de boa noite na testa ainda meio fria mas mais rosada
um sorriso doce se inundou no seu rosto
ele sorriu de volta
jamais a iria largar
não agora...»
- (…)
- exacto, já disse que tens toda a razão
- (…)
- sim, hoje vou deixar que faças tudo aquilo que quiseres fazer
- (…)
- vou pegar na minha escova de dentes…
- (…)
- a meio do caminho faço isso…
- (…)
- não me vou esquecer, claro que não
- (…)
- sei… a meio do caminho…
- (…)
- nunca olhar para trás…
- e parar somente diante dele
- (…)
- vamos, vem comigo!
…
quando chegou a casa, já de noite, nem se apercebeu que horas seriam, encontrou-a ali deitada no chão, agarrada à sua mala e tapada apenas com o casaco que trazia, dormia tranquilamente como se sonhasse com anjos num jardim de maravilhas.
tocou-lhe na face e sentiu que estava gelada, como se tivesse assustada e com medo e o sangue lhe tivesse congelado nas veias
abriu a porta, tomou-a nos seus braços como uma pluma de desejo e inocência e levou-a até ao quarto, ali a deitou na sua cama.
num gesto de leveza, ela se moveu, algo trazia na mão, como um tesouro só dela mas que ansiava entusiasticamente partilhar, mostrando todo o seu mundo sem dúvidas nem defesas
…
uma flor
…
num momento de verdades, tudo percebeu, todas as peças se encaixavam agora depois de todos aqueles meses de turbilhão, de discussões, de paranóias e encanto
a flor
…
“uma flor para uma flor”
era o que o seu rosto dizia mesmo dormindo
não houve mais segredos
não foram precisas palavras
…
pegou na pequenina e frágil flor
e a seu lado se deitou
deu-lhe um beijo de boa noite na testa ainda meio fria mas mais rosada
um sorriso doce se inundou no seu rosto
ele sorriu de volta
jamais a iria largar
não agora...»